Equipe de Competição: treinos
Agora é pra valer: Equipe de Competição tem sua primeira semana de treinamentos
A recém-criada Equipe de Competição AAEEVA/Água Viva concluiu sua primeira semana de treinamento no dia 08 de fevereiro. Os jovens atletas, seus familiares e mesmo os integrantes da organização do projeto estavam felizes e satisfeitos com esse momento importante na história do projeto.
“Foi uma semana muito especial para todos nós”, garante Isabelle Tieghi, coordenadora administrativa do Projeto Água Viva. “Acompanhamos o desenvolvimento dessas crianças na natação e tivemos a ideia de dar continuidade. Fizemos a proposta aos investidores do Projeto e eles toparam. A equipe custa mais caro, porque os treinos acontecem quatro vezes na semana. E além do custo dos professores, teremos também as competições, com inscrições, transporte, alimentação, etc. Mas conseguimos, ao invés de desligar as crianças do projeto, dar continuidade no aperfeiçoamento deles com a criação da Equipe de Competição. Nessa semana, sentimos que é de verdade, que conseguimos. Isso é muito gratificante”.
Os familiares compartilham dessa satisfação:
“Ela já estava nadando muito bem e a gente achava que ela teria que sair do projeto. Quando surgiu a Equipe de Competição e ela foi uma das convidadas, a família toda ficou super feliz. Para todos nós, é muito gratificante. Quando participamos do festival já vimos que ela estava nadando muito bem, então seria uma pena ela parar. Pensamos em matriculá-la num clube para que ela continuasse a nadar para, quem sabe, se tornar uma competidora. Agora que começou pra valer ela está adorando. Apesar dos treinos terem aumentado, ela fala que nunca fica cansada e está só na expectativa de participar da sua primeira competição.”
Ana Amábile Pereira de Barros, mãe da Heloísa, de 9 anos, destaca a evolução da filha, dentro e fora das piscinas. “Fico muito feliz em ver como ela cresceu e se desenvolveu graças ao projeto, tanto na parte física como na personalidade. Ela é outra criança após o projeto. Posso dizer que se encontrou na natação. Para a família foi uma surpresa, não esperávamos que ela fosse evoluir de tal forma. Ela está muito empolgada, se dedicando demais e quer realmente vestir a camisa da Equipe. Não vê a hora de participar de uma competição. O treino está muito mais puxado, mas ela está curtindo bastante”.
Os professores também aprovaram a primeira semana de trabalho da Equipe de Competição. “Esse início foi ótimo. As crianças estão envolvidas, os pais estão envolvidos e nós vamos participar esse ano pela primeira vez de pelo menos duas competições fora da Botucatu. O entusiasmo é grande. Mas, por outro lado, não temos a pressão de uma equipe de competição de veteranos. Aqui são jovens que ainda estão aprendendo, mas queremos proporcionar essa experiência a eles. É um grupo que já aprendeu a nadar e agora vai adquirir mais capacidade, mais resistência”, afirma Miguel Antunes, coordenador pedagógico do Projeto Água Viva.
O professor Uériton Peres complementa: “A primeira semana foi fantástica. Eles estavam na expectativa dessa nova fase e chegaram bem ansiosos. Dava pra ver no olhar deles a vontade de estar aqui neste momento. Não teve sequer uma falta em nenhum dia da primeira semana. E olha que para eles é uma grande transição. Mudou de aula de natação para treinamento. Eles suportam a mudança de intensidade numa boa. Nadaram com muita vontade. Eles sempre perguntam se os movimentos estão certos. Querem sempre acertar. Foi um início muito promissor. Nossa ideia é propor essa vivência com o esporte. Mesmo que não sejam nadadores, que estejam preparados para outras modalidades e para a vida de maneira geral”.
Miguel também destacou a importância da diversidade e da união das famílias e dos jovens atletas comprometidos com o projeto. “Somos uma equipe com muita diversidade étnica e social. Muita gente diferente, mas aqui somos todos iguais e trabalhamos todos juntos. Eu que trabalho com natação há muito tempo, vejo que o panorama da natação brasileira não é tão diverso assim. É um esporte muito mais acessível à elite, que frequenta os clubes particulares. Ver um projeto assim, com tanta diversidade, refletindo essa multiplicidade e diversidade maravilhosa que é o Brasil, me deixa muito satisfeito”.
Sobre os treinos mais intensos e específicos, Miguel garante que as crianças estão tirando de letra.
“Nosso feedback é eles voltarem felizes e animados no dia seguinte. Há vários que chegam correndo e todos estão sempre sorridentes. No treino há uma parte mais intensa, mas como são crianças sempre colocamos algumas atividades mais divertidas, algumas brincadeiras para eles curtirem. Afinal, esporte tem que ser alegria também.”